Os piores 100 dias dos últimos tempos!

Chegamos aos 100 dias de governo de Bolsonaro com todos os indicadores, dados e pesquisas afirmando que é o pior início de governo em muito tempo. E não poderia ser diferente.

A palavra de Bolsonaro não vale um risco na água. Em campanha, ele falou que uma reforma da previdência seria uma desumanidade com pessoas de 65 anos, e a proposta atual é muito pior que é isso. Ou seja, um homem sem palavra e que liderou uma campanha baseada em mentiras, discursos fáceis e uma rede estruturada em fake news para enganar o povo brasileiro.

É claro que a avaliação desses 100 dias não seria diferente: o pior dos últimos tempos. As pessoas vêm percebendo a fragilidade desse governo que não tem respostas para os problemas do povo. Não é só uma questão de desorganização ou bate cabeça entre os principais nomes do governo; o seu conteúdo é produto de um conluio para desmontar o Estado Brasileiro, os seus serviços públicos e a sua soberania.

O governo Bolsonaro é fruto desse conjunto de mentiras, calúnias, falsidades: um verdadeiro estelionato eleitoral. O golpe contra Dilma, uma presidenta honesta e legítima; a fraude jurídica que impediu Lula, o candidato que sempre foi o primeiro lugar em todas as pesquisas, através de uma condenação e de uma prisão injustas; a fraude de uma campanha eleitoral que se baseou em delírios e absurdos.

Em 100 dias, o governo vem mostrando a que veio: destruir os direitos do povo brasileiro, acabar com a soberania nacional e achatar a democracia ao máximo, pois, com o povo tendo liberdade, direitos e soberania, os interesses e privilégios dos poderosos estão ameaçados. Esse governo é constituído pelas fraudes que permitiram sua ascensão e pela destruição que integra o seu projeto.

Bolsonaro nunca escondeu que serviria aos ricos. Assim, faz um governo que bate continência e rasteja perante o presidente dos Estados Unidos, entregando nossas riquezas aos estrangeiros, por meio de uma política econômica que só agrada os banqueiros. É um governo que estimula o racismo, a violência contra as mulheres e a população LGTB, desprezando os direitos humanos.

Sua conduta nesta área é marcada pelo desmonte na política de mulheres e pela retirada da população LGBT das políticas de promoção de direitos humanos. Além disso, a reforma agrária e a demarcação de terras indígenas estão sob forte cerco, num ambiente de fortalecimento da bancada ruralista no próprio governo. O desmonte da organização administrativa das políticas sociais e de direitos humanos, com a extinção do Ministério do Trabalho e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), por exemplo, além dos ataques às organizações sindicais, mostram que esse governo veio mesmo para destruir, como o próprio presidente afirma.

Natália Bonavides

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