Em resposta a pedido da deputada Natália Bonavides, Ministério Público informa que investiga prefeito por distribuir Ivermectina

O Ministério Público do Rio Grande do Norte respondeu ontem (10) a representação protocolada pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) contra o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), por incentivar o uso de medicação sem comprovação científica no tratamento à Covid-19.

No despacho, o MP destacou que já existe uma investigação em curso contra o prefeito: “com relação ao uso profilático da ivermectina, já há, no âmbito desta CJUD, Notícia de Fato em andamento, a fim de apurar a possível prática dos crimes previstos nos artigos 268 e 280 do Código Penal, pelo Prefeito de Natal/RN, Álvaro Costa Dias, em decorrência da propagação do uso da Ivermectina como meio substitutivo ao uso da vacina para imunização coletiva”.

Para Natália, saber que já existe uma investigação contra as práticas negacionistas e anticiências do prefeito é importante. A parlamentar ainda criticou as falas do prefeito na audiência de conciliação com o Governo do Estado. “Álvaro Dias incentiva constantemente o uso de Ivermectina no combate à Covid-19, um remédio sem comprovação científica, isso não pode continuar. Na audiência de ontem, ele chegou a dizer que vivemos um momento mais confortável e que ‘vencemos a pandemia’. Confortável para quem? Atualmente Natal é o epicentro da Covid no Estado, com UTIs lotadas e pacientes sendo transferidos para o interior. O prefeito precisa ser responsabilizado por essas condutas”, pontuou Bonavides.

O MP ainda destacou no despacho que a representação apresentada pela parlamentar foi anexada a investigação existente por destacar que “tal prática pode configurar também possível ato de improbidade administrativa praticado pelo prefeito”.

 

Representação protocolada por Bonavides

A deputada federal Natália Bonavides entrou com representação no MP/RN contra o último decreto (nº 12.179/2021) publicado pela Prefeitura de Natal, na sexta-feira (06), e contra o prefeito de Natal, Álvaro Dias. O decreto recomenda a realização de tratamento preventivo contra a Covid-19 sem que haja fundamentação científica para tal, além de retirar o direito à meia passagem estudantil e gratuidade para idosos no transporte público em Natal.

Foto: Maryanna Oliveira

 

Natália Bonavides

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