Natália BonavidesA Procuradoria-Geral da República (PGR) comunicou que os relatórios feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para auxiliar na defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), no caso das ‘rachadinhas’, serão considerados na investigação aberta a pedido da deputada federal Natália Bonavides (PT/RN).
Para a parlamentar, os novos fatos apresentados na reportagem da Revista Época, publicada ontem (11), deixam os interesses do Governo Federal em aparelhar o Estado para uso da família do presidente ainda mais nítidos. “A situação é escandalosa! Estamos diante do possível uso de instituições de Estado para produção de provas em favor do filho do presidente da República. É imprescindível que os novos fatos apurados pela revista sejam investigados para que seja frustrado o aparelhamento das instituições para a defesa de Flávio”, destacou Natália Bonavides.
A Notícia-crime protocolada por Bonavides solicitou investigação para saber se a família Bolsonaro mobilizou órgãos do Governo Federal para tentar encontrar elementos para anular as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro. A PGR já abriu uma investigação preliminar contra o senador Flávio, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o diretor da ABIN, Alexandre Ramagem, para investigar suposto uso da máquina pública, por meio de órgãos do Governo Federal, para encerrar o processo contra Flávio. Os novos acontecimentos informados, que vieram a público na reportagem da Revista Época, serão levados em consideração na investigação preliminar que já está em andamento, segundo a nota da PGR: “As novas informações divulgadas sobre o caso foram juntadas à notícia de fato já instaurada na PGR. Não há informação disponível sobre o andamento da Notícia de Fato por se tratar de procedimento interno sigiloso.”
Foto: Maryanna Oliveira
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