Em defesa da memória e da verdade, mandato da deputada Natália Bonavides destina emenda para identificação de mortos pela ditadura   

Quase quarenta anos se passaram desde o fim da ditadura militar no Brasil. Até hoje, a maioria dos crimes cometidos por agentes do Estado seguem impunes e centenas de famílias continuam procurando os corpos daqueles que a ditadura matou e escondeu. 

Existe pelo menos um potiguar desaparecido cujos restos mortais podem estar nas ossadas que foram localizadas na vala clandestina do cemitério de Perus. Essas ossadas, que incluem as de mortos pela ditadura militar, estão hoje localizadas no Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Unifesp. É em defesa do direito à memória e à verdade do povo potiguar que o mandato da deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) tem atuado nesse tema e fortalecido as políticas de apoio a familiares de desaparecidos e mortos pela ditadura. Nesse sentido, o mandato destinou recursos no valor de cem mil reais em emenda parlamentar para apoiar o trabalho do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp visando justamente fortalecer o trabalho de identificação dos restos mortais que lá estão, inclusive na esperança de que histórias como a do potiguar Luiz Maranhão venham à tona e familiares que nunca puderam enterrar seus entes queridos tenham esse direito.  

 É no CAAF que podem estar os restos mortais de Luiz Maranhão, de Fernando Santa Cruz e de mais de uma centena de outros brasileiros e brasileiras que lutaram pela democracia e por isso foram assassinados pela ditadura. Mortos foram colocados numa vala comum para que os crimes dos agentes do Estado nunca fossem descobertos. 

 Para a deputada é fundamental que essas ossadas sejam identificadas, pois a verdade, a memória e a justiça devem prevalecer. “Foi um compromisso de campanha fazermos a luta pela memória e verdade e desde nosso primeiro dia de mandato temos cumprido esse compromisso. Isso incomoda aqueles que defendem a ditadura, que fazem piada com a dor das famílias dos mortos e desaparecidos e que menosprezam a luta pela memória e pela verdade. Apoiamos e seguiremos apoiando as ações do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp e todas as instituições que trabalham para restabelecer a verdade dos crimes da ditadura, principalmente num momento em que temos um governo que acabou com a comissão de mortos e desaparecidos e que comete um genocídio inspirado no que de pior fez a ditadura”, pontuou Bonavides.   

 O trabalho feito pelo CAAF se desenvolve mediante parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH) da Prefeitura de São Paulo e órgãos do governo federal através de um Acordo Técnico de Cooperação (ACT).

 

Foto de janeiro de 2020 (data anterior à pandemia). 

Natália Bonavides

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