A Câmara dos Deputados aprovou ontem, segunda-feira (21), a medida provisória que permite a privatização da Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, com 258 votos a favor, 136 contra e 5 abstenções. A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) foi contrária à privatização.
Para Natália é inaceitável privatizar a energia do país. “Não podemos permitir que a sanha entreguista de Bolsonaro e seus aliados privatizem a nossa eletricidade. Eles querem encarecer ainda mais a energia elétrica e fazer o povo pagar a conta. A luta segue nas ruas e na organização dos trabalhadores para reverter esse projeto entreguista”, pontuou Bonavides.
Enquanto empresa pública, a obrigação da Eletrobras é atender à sociedade. Sendo a estatal responsável por 41% da transmissão de energia no país e a principal operadora das hidrelétricas, que é a base do sistema elétrico brasileiro (70% da energia consumida), das 10 maiores Usinas Hidrelétricas do país, 9 são pertencentes à Eletrobras ou possuem importante participação da empresa.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aponta que a privatização da Eletrobras pode elevar a conta de luz em até 16,7% num primeiro momento, subindo o custo da indústria, das famílias e de toda a cadeia de produção da economia por R$ 460 bilhões em 30 anos.
O texto aprovado ontem na Câmara segue para a sanção presidencial. Veja abaixo como votou cada deputado potiguar:
Benes Leocádio (Republicanos) – Não votou
Beto Rosado (PP) – Sim
Carla Dickson (PROS) – Não votou
General Girão (PSL) – Sim
João Maia (PL) – Sim
Natália Bonavides (PT) – Não
Rafael Motta (PSB) – Obstrução
Walter Alves (MDB) – Obstrução.
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