A Procuradoria-Geral da República (PGR) intimou as advogadas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ), Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, para depor na investigação preliminar sobre o uso do sistema de inteligência para finalidades ilegais e para atender aos interesses particulares da família do presidente da República, Jair Bolsonaro, e sobre a existência de uma estrutura não oficial de inteligência (ABIN paralela).
A investigação decorre de uma Notícia de Fato apresentada pela deputada federal Natália Bonavides (PT/RN). A denúncia da parlamentar solicitou investigação para saber se a família Bolsonaro mobilizou órgãos do Governo Federal para tentar encontrar elementos para anular as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas. A PGR abriu a investigação preliminar contra o senador Flávio, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o diretor da ABIN, Alexandre Ramagem. Além disso, a PGR comunicou que os relatórios feitos pela ABIN para auxiliar na defesa do senador estão sendo considerados na investigação aberta a pedido da deputada.
“A situação é escandalosa! Eles usaram a agência para ‘ajudar’ na defesa do senador como se fossem detetives particulares. Essa investigação é essencial e o depoimento das advogadas irá fundamentar o inquérito”, pontuou Bonavides.
Segundo reportagem publicada na Revista Época, hoje (07), o gabinete de Augusto Aras, provavelmente, vai ouvi-las no dia 13 de abril.
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