Em época de pandemia, como a que enfrentamos, nunca foi tão fundamental celebrar o dia mundial da saúde. É central garantir que todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde sem qualquer tipo de discriminação, independente de suas condições financeiras, garantindo promoção à saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados que devem ser resolutivos, de qualidade e integrais.
Os estados nacionais e suas organizações precisam garantir que todos estejam contemplados, mas principalmente que todos tenham acesso aos serviços de saúde sempre que precisarem. A luta por sistemas de saúde universais deve estar ligada à luta para combater a pobreza e todas as formas de injustiça social que são fatores que influenciam a saúde das pessoas.
No Brasil, a Constituição de 1988 transformou a saúde em direito universal de todos e todas, dando origem ao processo de criação de um sistema público, universal e descentralizado de saúde que alterou a organização da saúde pública no país. Porém, desde sua criação, o SUS enfrenta vários ataques que dificultam sua efetivação. Um desses ataques foi a emenda constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos.
Essa política de austeridade econômica que foi aprovada pelo governo Temer e que é aprofundada pelo governo Bolsonaro/Guedes, enfraquece e limita os investimentos não apenas no SUS, mas em todas as políticas sociais, fragilizando a rede de proteção de milhões de brasileiros e brasileiras. O nosso SUS possui imensa importância para o desenvolvimento econômico e social do país. Principalmente em um país tão desigual e com um nível de pobreza que aumenta a cada dia.
Os enfrentamentos à Covid-19 aqui no Brasil mostram que, sem o SUS e suas instituições de vigilância, pesquisa e educação em saúde, não conseguiríamos fazer frente à pandemia. Enfrentá-la está intimamente ligada ao fortalecimento do SUS e da valorização dos profissionais de saúde, que no atual período estão colocando suas vidas em risco diante da guerra contra esse vírus.
Diante de uma emergência como a do coronavírus, de um presidente que não tem a menor preocupação com a vida dos cidadãos e cidadãs de seu país, de um governo anticultural e anti-intelectual que prefere o terraplanismo e desvaloriza as ciências, nunca foi tão importante no DIA MUNDIAL DA SAÚDE chamar a atenção da população para a valorização do SUS e de seus profissionais. Sobretudo, tenhamos a certeza de que defender o SUS é defender a democracia e lutar contra as políticas nefastas do desgoverno de Bolsonaro.
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