Segue abaixo, Resolução Política da Tendência Petista Articulação de Esquerda sobre as eleições 2018 no Rio Grande do Norte:
1. O processo eleitoral de 2018 será de fundamental importância na medida em que é mais uma trincheira na luta que o Partido dos Trabalhadores e a esquerda social brasileira está travando contra os retrocessos de direitos sociais em curso no Brasil desde o golpe de 2016.
2. É papel das candidaturas petistas usar essa disputa para debater com a sociedade os rumos do país, a necessidade de fortalecer a luta para reverter a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita, o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos, a reforma da previdência, a criminalização dos movimentos sociais, o avanço do conservadorismo contra as minorias e a necessidade de retomar o socialismo como horizonte estratégico da classe trabalhadora.
3. No Rio Grande do Norte, será o momento de reposicionar o PT. Depois de três eleições estaduais consecutivas sem apresentar candidatura própria ao governo estadual (2006, 2010 e 2014), o partido deverá retomar seu projeto de governar o estado.
4. A tarefa é desafiadora, mas o Partido dos Trabalhadores atualmente possui as melhores condições de construir uma alternativa de governo que retire o Rio Grande do Norte do caos administrativo em que se encontra, devido às ações do atual governo, aliado ao governo golpista federal, e ao passado de administrações de grupos políticos que sempre trataram o governo estadual como um balcão de negócios e instrumento de manutenção de suas famílias no poder.
5. É preciso um governo que implemente um modelo de gestão diferente, com planejamento estratégico e inovador, respeito e valorização dos servidores estaduais, que priorize a busca por soluções reais para os atuais problemas de saúde, educação e segurança.
6. Do ponto de vista político, uma candidatura petista deve, além de representar essa alternativa ao governo estadual, ser um instrumento de defesa do PT e da candidatura do companheiro Lula, pois avaliamos que eleições sem a presença do ex-presidente são uma fraude para com o povo brasileiro e a democracia.
7. A companheira Fátima Bezerra tem todas as condições para ser a representante do partido para a disputa desse projeto estadual. O partido também possui militantes com qualidades para disputar vagas no Senado, na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do estado.
8. O partido deverá construir chapa proporcional própria, que represente amplos setores da sociedade (mulheres, jovens, negros e negras, LGBTs, representantes dos trabalhadores, militantes da saúde, educação, cultura) e regiões do estado. É fundamental desde já a organização desse projeto por parte do conjunto das direções partidárias.
9. Nossa política de aliança deve ser com partidos e políticos que combateram e combatem o golpe de estado, que lutam contra as reformas que retiram direitos e que tenham consonância com nosso programa para o estado. Não podemos aceitar alianças com golpistas e com quem apoia a retirada de direitos da classe trabalhadora.
10. A Articulação de Esquerda, como sempre, contribuirá com esse projeto, seja na construção das candidaturas majoritárias do PT, na elaboração de programa de governo, na mobilização política e social e apresentando nomes para a disputa proporcional.
11. Para a disputa de deputada/o estadual, a Articulação de Esquerda construirá candidaturas que contribuam para o conjunto do PT manter e ampliar nossa presença na Assembleia Legislativa do estado.
12. Para a disputa da Câmara Federal, a direção estadual da Articulação de Esquerda, em reunião ampliada realizada em 30 de julho, deliberou pela apresentação, ao partido, da companheira Natália Bonavides como pré-candidata a deputada federal.
13. A companheira Natália Bonavides, atual vereadora em Natal, agrega condições para representar uma candidatura petista, que na atual conjuntura política brasileira, seja um instrumento de defesa do PT, de luta contra a retirada de direitos, de empoderamento das mulheres, da juventude, contra toda forma de discriminação e preconceitos contra grupos vulneráveis.
14. Diante do atual cenário desafiador da quadra histórica que vivemos, não temos o direito de ausentar-nos da disputa dos rumos do nosso estado e do nosso país. Essa disputa de projetos deverá levar anos, mas devemos permanecer firmes na luta em cada trincheira.
Direção Estadual da Articulação de Esquerda – Agosto de 2017
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