A FLONA (Floresta Nacional de Açu) representa uma importante área de conservação de caatinga, contribuindo para a manutenção da biodiversidade local, protegendo espécies ameaçadas de extinção, e tem contribuído de modo fundamental para vários laboratórios e programas de universidades e da rede de educação básica, com o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Em função disso, nosso mandato avalia com preocupação as mudanças advindas da Portaria nº 433, de 11 de maio de 2020, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente – com o agrupamento das três unidades listadas na Portaria e o gerenciamento centralizado em Mossoró, incluindo os servidores. Isso causa preocupações e nos inquieta no que se refere a fiscalização permanente contra invasões, desmatamentos e caça na FLONA. Cabe lembrar que a referida floresta sofre sérias pressões imobiliárias no seu entorno.
“Essa portaria está inserida nos ataques ao meio ambiente que este governo proporciona diariamente, eles querem ‘passar a boiada’ como já destacaram. Várias entidades lançaram notas de repúdio a esta portaria e nosso mandato se soma na luta em defesa da Floresta Nacional de Açu”, destacou Natália Bonavides
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou ação civil pública para que o ICMBio reverta a decisão de transferir a gestão da Flona de Açu para Mossoró (RN), pois como já foi destacado, a mudança tende a prejudicar a organização e fiscalização da unidade, que possui grande relevância ambiental e social na região do Vale do Açu.
Foto: Pedro Medeiros
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